Como nasceu a ideia de criarem um livro? A gente sempre teve vontade de fazer um livro juntas – eu ilustrando e ela escrevendo. A Paula escreve muito bem e é uma pessoa muito sensível. Como desenvolveu as ilustrações? Eu estava visitando minha avó em Londrina. Isso foi em janeiro de 2015, se não me engano. Achei uma tinta de caneta Pilot, do meu avô (ele faleceu há mais 30 anos) e resolvi desenhar com ela, usando papéis velhos da minha avó, e outras coisas de sua casa. Minha avó era muito acumuladora, então fui usando o que havia por lá. Usei, por exemplo, papéis que ela usava para treinar caligrafia japonesa quando era mais nova. Fui desenhando e pensando em uma história. Criei doze duplas de ilustrações. Quando voltei pra São Paulo entreguei essas duplas pra Paula e dei um briefing. Mas, falei que ela podia mudar esse briefing à vontade, mudar a ordem das ilustrações, e se quisesse não precisava falar de fantasma na história (eu havia dito a ela que 'fantasma' era uma palavra-chave). Ela mudou a ordem e nasceu a história. Quais técnicas você usou nas ilustrações? Usei muita colagem, aquarela, papéis japoneses, papéis velhos, tem reciclagem de papel, papel de seda... Enfim, é uma técnica mista. Como foi ver a história criada pela Paula? Foi muito lindo. Na hora pensei: ‘não podia ter encontrado uma parceira melhor’. Ficou muito melhor daquilo que eu imaginava para essa história. Então foi uma ótima parceria. Estou muito feliz que esse livro está finalmente nascendo. :)
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